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Como a rastreabilidade está mudando o relacionamento entre fornecedores e indústrias
No agro, relações de confiança são indispensáveis, e os produtos rastreáveis ajudam a construí-las A transparência nunca foi tão crucial na cadeia de matérias-primas. Em um mercado cada vez mais exigente, onde a qualidade e a segurança dos produtos finais são prioridades absolutas, a rastreabilidade emerge como um fator decisivo. Ela não é apenas uma tendência, mas uma necessidade que está revolucionando o relacionamento entre fornecedores e indústrias, transformando interações transacionais em parcerias estratégicas baseadas na confiança e na informação. A seguir, entenda mais sobre esse importante cenário. O que é a rastreabilidade no agronegócio No contexto do agronegócio e, especificamente, no fornecimento de matéria-prima, a rastreabilidade é a capacidade de documentar e acompanhar todo o histórico, a localização e o trajeto de um produto ou de seus componentes. Para fornecedores e compradores de itens como grãos, óleos, aditivos e ingredientes funcionais, por exemplo, isso significa ter o registro detalhado de: Em essência, a rastreabilidade cria uma espécie de “passaporte” digital para cada lote produzido. E, graças às inovações tecnológicas, como QR Codes e sistemas de gestão integrados, as informações se tornam acessíveis em tempo real, garantindo que o comprador saiba exatamente o que está adquirindo e o fornecedor possa comprovar a excelência de seu produto. O pilar da confiança no relacionamento entre fornecedores e indústrias A adoção de bons sistemas de rastreabilidade tem um impacto transformador na forma como fornecedores e indústrias se relacionam. Trata-se de uma iniciativa estritamente ligada a vantagens como: 1. Garantia de qualidade e segurança incontestáveis Para as indústrias, a qualidade do produto final é diretamente proporcional à qualidade da matéria-prima obtida. A rastreabilidade permite a estes compradores verificar instantaneamente a procedência, os padrões de cultivo (no caso de ingredientes agrícolas) e os laudos de segurança de cada lote. 2. Agilidade na gestão de crises

Lecitina de soja: importância e aplicações na indústria de nutrição animal
Indispensável para a saúde animal, a lecitina de soja possui particularidades que a transformam em fonte de lucratividade para o seu negócio No agronegócio, a busca por eficiência e bons resultados é constante, sendo imprescindível que os produtores rurais e indústrias de ração que querem se manter competitivos compreendam que a qualidade da nutrição animal é um pilar fundamental que deve ser respeitado. Nesse cenário, alguns ingredientes se destacam pelo valor multifuncional que possuem, a exemplo da lecitina de soja. Trata-se de um componente estratégico que otimiza formulações e melhora a absorção de nutrientes, impactando diretamente a performance dos animais. O que caracteriza a lecitina de soja Obtida durante o processo de extração e refino do óleo de soja, a lecitina de soja é um subproduto natural, basicamente uma mistura complexa de fosfolipídeos, glicolipídeos, triglicerídeos e outros componentes bioativos. Sua principal característica, que a torna tão valiosa, é sua propriedade emulsificante, ou seja: sua capacidade de permitir a mistura homogênea de substâncias que normalmente não podem ser misturadas, como água e óleo. Essa funcionalidade, especificamente, é crucial na formação de insumos para fábricas de ração, onde o uso de gorduras é essencial para aumentar a densidade energética da dieta. Ao garantir que essa incorporação ocorra de forma estável e uniforme, a lecitina de soja se torna um meio para que cada animal receba uma nutrição balanceada e de alta qualidade. Os impactos da função emulsificante na digestão dos animais Nas rações de modo geral, a gordura é uma fonte de energia concentrada e um veículo para vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). No entanto, para que o sistema digestivo dos animais consiga absorver tais vitaminas, a gordura em questão precisa ser quebrada em partículas minúsculas. E é exatamente aqui que a lecitina de soja atua! Ao ser adicionada à

Biodiesel no Brasil: o uso de gorduras animais, as exportações de sebo bovino e os impactos em 2025
Veja como a crescente demanda por biodiesel e as exportações de sebo bovino afetam oferta, preços e estratégias para produtores e compradores no agronegócio Segundo o Boletim Trimestral do Mercado de Combustíveis da ANP, em 2024 o óleo de soja representou cerca de 74% de todas as matérias-primas usadas para produzir biodiesel. As gorduras bovinas (sebo) tiveram participação de aproximadamente 6%, e “outros materiais graxos” (que incluem óleos residuais, gorduras de frango ou suína, óleo de cozinha usado, etc.) ficaram com entre 14% e 20% dependendo da contagem. O preço do óleo de soja variou bastante em 2024: de R$ 4.774/tonelada a R$ 6.650/tonelada entre janeiro e novembro, um salto de quase 39% no período. Esse aumento refletiu não só a cotação internacional do insumo, mas também a desvalorização do real frente ao dólar.Além disso, a produção de biodiesel subiu: em 2024 o Brasil produziu cerca de 9,1 milhões de m³ de biodiesel, o que representou crescimento de aproximadamente 21% na comparação com 2023. Exportações de sebo bovino: volumes e tarifas que mudam o jogo De janeiro a julho de 2025, o Brasil exportou 290,8 mil toneladas de sebo bovino. Esse volume já era quase 91% do total exportado em 2024, segundo dados da Scot Consultoria. Os Estados Unidos foram responsáveis por aproximadamente 98% desse volume exportado no período.Entretanto, com a imposição de tarifas de importação de cerca de 50% pelo país norte-americano sobre alguns produtos brasileiros, incluindo subprodutos da carne, muitas exportações de sebo enfrentam agora condições “proibitivas”, tornando difícil manter os volumes para aquele mercado. Consumo interno de sebo e gorduras animais De acordo com a ANP, no primeiro semestre de 2025 mais de 231.000 toneladas de sebo bovino foram usadas para a produção interna de biodiesel, o que corresponde a aproximadamente 5,6% do total de matéria-prima do

Soja no mercado global: fatores que influenciam os preços e exportações
Entenda o cenário atual da soja e como ele impacta suas negociações no campo e na indústria A soja, base da economia agrícola brasileira, é um dos insumos mais sensíveis às variações externas, e compreender os fatores que influenciam seus preços e exportações é fundamental para negociações mais seguras e estratégicas. Seja você um produtor que busca o melhor momento para comercializar, ou um comprador que precisa garantir abastecimento e margem, entender o contexto global da soja em 2025 pode fazer toda a diferença. Abaixo, reunimos os principais aspectos que afetam a formação de preços, o desempenho nas exportações e os impactos para quem opera com o grão. Oferta e demanda global: o eixo central de tudo A dinâmica entre produção e consumo continua sendo a base da precificação. Em 2025, observamos: Com isso, o equilíbrio entre o que o mundo precisa e o que os produtores estão conseguindo entregar continua ditando o comportamento das cotações nos principais mercados internacionais. Condições climáticas: um fator imprevisível As questões climáticas seguem sendo um dos maiores desafios para previsões e decisões comerciais. Em 2024/25: Essa instabilidade climática aumenta a volatilidade no mercado futuro e exige atenção redobrada de compradores e vendedores para travar bons negócios. Dólar e taxa de câmbio: o peso da moeda Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores de soja do mundo, a taxa de câmbio tem influência direta na competitividade do produto no exterior: A recomendação, neste cenário, é trabalhar com proteção e apoio de uma representante comercial para travar preços com base em cenários realistas e evitar prejuízos causados por variações abruptas. Trump, China e o possível realinhamento de mercado Em agosto de 2025, uma declaração pública do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, movimentou o mercado: ele sugeriu que a China aumentasse significativamente a compra

O tarifaço de 50% e a investigação do USTR: o que muda para o agronegócio brasileiro
Entenda como a notícia da alta nas tarifas de produtos exportados do Brasil para os EUA já impactam e ainda podem impactar os produtores do agro Na primeira quinzena de julho de 2025, o então presidente norte-americano Donald Trump surpreendeu o mercado ao anunciar tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, valendo a partir de 1º de agosto — quadruplicando as alíquotas anteriores de 10%. Logo em seguida, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) anunciou uma investigação formal sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, avaliando práticas brasileiras que supostamente prejudicam empresas americanas em setores como comércio digital, tarifas preferenciais, etanol, desmatamento e propriedade intelectual. O objetivo é avaliar se essas barreiras justificam represálias adicionais. Acordo explosivo: tarifa + investigação Essa dupla ofensiva (a tarifa de 50% junto à investigação sob Seção 301) cria um ambiente de incertezas para quem atua com exportações brasileiras aos EUA. Já há setores afetados: E o agronegócio? Como essa tempestade afeta o campo De acordo com especialistas, o agro pode sofrer com as medidas, já que os Estados Unidos são o terceiro maior destino dos produtos brasileiros. O que isso significa na prática? De maneira simplificada: E agora? O prazo para comentários e participação pública no processo da Seção 301 termina em 18 de agosto, com audiências previstas para 3 de setembro de 2025. Enquanto isso, o Brasil tenta negociar com os EUA para adiar ou reverter as tarifas, e produtores seguem de olho nos movimentos para ajustar suas estratégias. Momento de atenção e agilidade O combo “tarifaço + investigação” expõe um cenário instável para o agronegócio brasileiro. Entre rever destinos de vendas, reavaliar custos e se manter atento aos desdobramentos legais, quem atua no setor precisará de agilidade e visão global para driblar essa
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